26.8.09

Cartum



Ele não era um bonsai, embora parecesse diminuto e encolhido, era na verdade uma araucária, de poucos galhos, mas fortes o suficiente para quem nela quisesse se apoiar. E com jeito pode-se aproveitar a sombra que ele proporciona.
Outras vezes era como uma ave, um pardal de jardim. Arisco, desconfiado de quem se aproxima demais e sempre preparado para alçar voo. Às vezes parece que ele se exibe, indiferente, para que o olhem, como se dissesse: eu tenho asas e voo.
Voa, desafiando a gravidade; voa, mergulhado no céu, dono daquela imensidão vasto-mundo. E assim parece um desenho, que vive numa lógica própria, que foge feito ave desconfiada e que procura abrigo nos galhos altos duma araucária.

3 comentários:

Caloan Walker disse...

Adorei!

Unknown disse...

Um texto no mínimo interessante=P

Márcio Bergamini disse...

Uma araucária com asas. =]