5.6.08

Desejo-te


Desejo teu corpo, templo do meu amor maior; desejo tuas fantasias loucas, tua presença certa e tua ausência súbita. Desejo te provocar em carícias, arrancar suspiros gemidos de inquietação, bolinar teu corpo como num passeio pelo descampado, como na brincadeira proibida. Desejo incitar arrepios – breves choques de paixão entorpecente. Desejo-te nua, desejo teus seios empinados, tesos para eu mordiscá-los e beijá-los... Desejo teu corpo quente, entregue a mim em ardente perdição – ai! que nele me perco e em ti me acho.
Desejo teu sexo, traduzido em amor nas horas que são somente nossas. Desejo-te em cima de mim, na perfeita combinação em que somos apenas um; desejo a noite perfeita, o tempo parado, o errado acertado. Desejo-te com minha boca, meus lábios, minha língua, meus dedos, minhas mãos, meu corpo e meu sexo; desejo pelo pouco de mim que há em tudo de ti. Desejo de alma, de coração, de amor, de ódio, de prosa e poesia; no ritmo perfeito que nos embala o amor.
Desejo de amor sincero, incondicional, instintivo, banal; desejo-te pelo ontem, no hoje e para o amanhã. Desejo-te de estado de espírito, por tudo que sou e não foi, por tudo que fui e não sou, pelo amor que me faz querer. Desejo-te.


Imagem de autoria desconhecida.

1 comentários:

Anônimo disse...

desejo-te lindo poema ... cheio de astucia e carencia dependencia e sedução.... certamente o poeta pensava lucidamente em uma musa .... lindo lindo lindo....parabens...