Ele tem os olhos verdes e não é muito alto. Tem a pele clara, raro o sol escurecer. O cabelo é arrumadamente bagunçado, penteado pra lá e pra cá, contido com gel. As mãos trazem o toque certo quando entrelaçam meus dedos. E o toque... ah, que nele me perco. O rosto é bonito, colorido pela barba delineada, de fios negros e ruivos, que aprumam o queixo. A voz é firme e calma, quase sempre metrificada – soa poesia. O olhar é curioso, mas um tiquinho retraído, está sempre observando com a segurança de quem anda por terras conhecidas. A companhia é sempre paz prolongada no tempo, que se faz parado para nós, e sempre fogo, daquele que ardem sem se ver. Ele veste-se simples, anda normal, trabalha e estuda e viaja e se diverte e defende suas convicções e até já queimou um miojo. Mas um único detalhe, uma simples e mínima característica o faz único e especial, complexo e diferente:
a sua boca se encaixa perfeitamente na minha.
Imagem de autoria desconhecida.
2 comentários:
Ele é patético.
=]
Fez-se entender.
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