4.5.10

Fragmento


Os dois se despiram e despiram também o falso pudor da cara, totalmente nus correu-lhes um arrepio de êxtase que estremeceu-lhes a espinha, um tremor de excitação que faíscou as costas e ramificou-se pelo resto do corpo, um arrepio frio do desejo incontrolável que aflorava sobre si, que crescia feito bomba explodida, cujo calor torra a carne, que aumentava feito o ar gelado que paralisa a razão, feito hipnose que lima a razão imediata dos pensamentos e imerge as almas na embriaguez emocional e descontrolada das sensações mais intrínsecas que teimamos aprisionar dentro dum eu puritano e repressor do eu pervertido.


Imagem de autoria desconhecida.

3 comentários:

Márcio Bergamini disse...

Kabum!!!

sandroalki@gmail.com disse...

Esse eu pervertido seria um tipo de manifestação do estinto primitivo e animalesco presente nos membros das civilizações contemporâneas? Já ouvi falar disso, mas realemnte não sei como é. Dever ser triste ter que viver sob amarras e se refrear o tempo todo... Uma alma enjaulada é uma alma meio morta.

Francisco disse...

e aí, rapaz o/

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abraço.