Dentro de si havia uma galeria, com espaço de destaque para as pessoas de que gostava. Distribuiu todos como santinhos em altares e era a eles que se curvava em devoção. Pois sabia que guardava um tiquinho de cada pessoa e se edificara pelo que elas o fizeram ser. Mas havia um cantinho, não mais nem menos importante, onde estava o altar-mor, destinado ao seu amor; e, embora tivesse a imagem nas mãos, alguma coisa o atrapalhava de colocá-la li.
Imagem de Archerphoto.
1 comentários:
Todo amor é um santo do Demônio. Acenda velas, faça oferendas, perfumes, rosas, brinco de ouro em barquinhos... As promessas que o santo te faz são apenas barganhas. Barganhas ilusórias do sagrado. No final, as lágrimas de sangue escorrem dos olhos nossos, fiéis cegos. Nada de religiosidade. Sejamos profetas, nada menos que profetas dos livros onde tudo um dia pode vir a ser.
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