Pensava a casa estar hermeticamente fechada, de modo que o fogo à lareira queimasse sem precisar recear que ele de repente apagasse. Mesmo quando a chama estivesse encolhida, diminuta à brasa, ele sabia que o fogo ardia e o lume irradiava pela casa.
Era aquele calor presente e aquela luz certa que conferiam a segurança necessária, como se com eles reconhecesse seu espaço de mundo e sonho, em detrimento de uma realidade sem névoas, da simplicidade que nos vara a alma.
Mas basta uma mínima fresta, uma porta entreaberta, a brisa deentrando a janela, a gaveta mal fechada, para o lume se apagar. Qualquer descuido é um átimo para o passado ressurgir, para a escuridão dominar e o calor se desmanchar.
De repente tudo fica tão frio...
Era aquele calor presente e aquela luz certa que conferiam a segurança necessária, como se com eles reconhecesse seu espaço de mundo e sonho, em detrimento de uma realidade sem névoas, da simplicidade que nos vara a alma.
Mas basta uma mínima fresta, uma porta entreaberta, a brisa deentrando a janela, a gaveta mal fechada, para o lume se apagar. Qualquer descuido é um átimo para o passado ressurgir, para a escuridão dominar e o calor se desmanchar.
De repente tudo fica tão frio...
Imagem de autoria desconhecida.
4 comentários:
sublime!
Não, cara Amanda, nesse caso seria solidificação mesmo. (piadinha sem graça mesmo...)
me inspirei com seu texto.
"{…} E mais uma vez me deitarei no frio, guia de luz perdido, sem mistérios e sem sombra". (V. de Moraes)
Para quando a chama apagar!!!
Como diria o Velho Braga: é vento noroeste que chega e bagunça tudo.
Vai um fósforo?
=D
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