28.3.08

Viajo, viajo, viajo


Há outra Curitiba perdida, a Curitiba de to-dos os dias: a Curitiba da Rua XV, do Largo da Ordem, do Jardim Botânico, do Parque Barigüi, do prédio histórico da Uni-versidade Federal do Paraná. A Curitiba do Teatro Guaíra, da Ópera de Arame, da Ponte Preta.
A Curitiba dos imigrantes portugueses, alemães, poloneses, italianos, ucranianos, japoneses, sírios e libaneses. A Curitiba da vina, do penal, do piá, da gasosa, dos polacos, do chineque, do papel de borrão.
A Curitiba perdida do Dalton Trevisan, a Curitiba boêmia do Paulo Leminski, a Curitiba lírica da Helena Kolody, a Curitiba simbolista do Emiliano Perneta; a Curitiba paranista do Alfredo Andersen, a Curitiba do contemporâneo Poty Lazzarotto.
A Curitiba do barreado, do pinhão, da polenta com frango frito, da bolacha Maria, da gengibirra e da bala Zequinha. A Curitiba do Mercado Municipal, do circuito gastronômico de Santa Felicidade, da confeitaria Schaffer, do Bar do Alemão.
A Curitiba da Borbleta 13, do Oil Man, da Gilda, da Maria Bueno, do Homem do Gato, dos Cavalheiros da Boca Maldita. A Curitiba “província, cárcere, lar, que com amor, viajo, viajo, viajo”.

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