15.2.09

10:10


Olha o relógio. 10:10. Flashes de luz rodopiam, embriagam. Cogumelos. Tontura... turva o real, se multiplica, enchem a cabeça, dilaceram-no os pensamentos e o sentimento. Eufórico, sua frio, treme as mãos, respira ofegante. Falta a luz, sufoca-lhe o ar, voam as idéias. Se decompõem, perecem no ar assim que lhe roubam a vida. Iminente fracasso. “Por que o abandonastes?” As luzes o confundem, inebriam o real e o imaginário, passado e presente numa só imagem. Olha o relógio. 10:10.


Imagem de autoria desconhecida.

10.2.09

Aqueles velhinhos

para os avozinhos...

Aquele jeito de gente do interior, de patriarcas de família grande, de velhinhos que a gente quer como avós da gente. Aquelas noites todas em torno da mesa jogando baralho. E o avô grita truco, e a avó ri contida e no ambiente aquele clima feliz. Dia após dias, aqueles quitutes e doces que a senhorinha prepara com esmero. E a avó diz podem comer tudo e o avô passa o dedo nas travessas de doces já vazias. Aquela casa, grande, esperando os filhos e netos e a avó se alegra ao vê-los juntos e o avô toca sua gaita em música de festa. Aqueles dois velhinhos ele adotou como os seus avós.


Imagem de autoria desconhecida.